segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nao se deixe soterrar





Conta-se que um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar no trabalho de sua pequena fazenda. 
 
Um dia, o capataz lhe trouxe a notícia que um de seus cavalos havia caído num velho poço abandonado. 
 
O buraco era muito fundo e seria difícil tirar o animal de lá. 
 
O fazendeiro avaliou a situação e certificou-se de que o cavalo estava vivo. Mas, pela dificuldade e o alto custo para retirá-lo do fundo do poço, decidiu que não valia a pena investir no resgate. 
 
Chamou o capataz e ordenou que sacrificasse o animal soterrando-o ali mesmo. 
 
O capataz chamou alguns empregados e orientou-os para que jogassem terra sobre o cavalo até que o cobrissem totalmente e o poço não oferecesse mais perigo aos outros animais. 
 
No entanto, à medida que a terra caía sobre seu dorso, o cavalo se sacudia, derrubava-a no chão e ia pisando sobre ela. 
 
Logo, os homens perceberam que o animal não se deixava soterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra caía, até que, finalmente, conseguiu sair. 
 
* * * 
 
Algumas vezes nós nos sentimos como se estivéssemos no fundo do poço e, de quebra, ainda temos a impressão de que estão tentando nos soterrar para sempre. 
 
É como se o mundo jogasse sobre nós a terra da incompreensão, da falta de oportunidade, da desvalorização, do desprezo e da indiferença. 
 
Nesses momentos difíceis, é importante que lembremos da lição profunda da história do cavalo e façamos a nossa parte para sair da dificuldade. 
 
Afinal, se nos permitimos chegar ao fundo do poço, só nos restam duas opções: ou nos servimos dele como ponto de apoio para o impulso que nos levará ao topo, ou nos deixamos ficar ali até que a morte nos encontre. 
 
É importante que, se estamos nos percebendo soterrar, sacudamos a terra e a aproveitemos para subir. 
 
Ademais, em todas as situações difíceis que enfrentamos na vida, temos o apoio incondicional de Deus, nosso Pai celestial, do qual podemos nos aproximar através da oração. 
 
E a oração é uma poderosa alavanca de que podemos lançar mão a qualquer momento e em qualquer lugar. 
 
* * * 
 
Jesus nos recomendou oração e vigilância. 
 
A vigilância constante pode nos poupar de muitos dissabores, pois quem está atento facilmente percebe a investida de sentimentos perigosos que podem nos infelicitar. 
 
É a chegada silenciosa de uma desilusão, da inveja, do orgulho, da soberba, da solidão e de outros tantos detritos que pesam em nossa economia moral e tendem a nos levar para o abismo. 
 
A oração é recurso precioso que nos permite as forças necessárias para resistir a todas as investidas menos felizes. 
 
Por isso, vale a pena meditar sobre os sábios conselhos do Mestre de Nazaré, pois eles podem nos ser muito úteis na conquista da felicidade que tanto desejamos.

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